As alterações climáticas significam mudanças lentas e duradouras no clima. Torna a Terra mais quente e causa desastres naturais, como fortes furacões, inundações e secas prolongadas.
Por vezes, as alterações climáticas ocorrem por causas naturais, mas quando os seres humanos desempenham um papel importante nelas, tornam-se um problema grave para todos nós. Atualmente é uma das questões mais urgentes que enfrentamos no mundo hoje.
Os cientistas têm investigado como as atividades humanas, como a liberação de gases como o metano e o dióxido de carbono (CO2), afetam o planeta. Esses gases retêm o calor, tornando a Terra mais quente, e isso leva a todos os tipos de problemas.
Já se perguntou sobre as principais razões por trás das mudanças climáticas? Existem 10 causas fundamentais das alterações climáticas que os cientistas identificaram. Vamos explorá-los e compreendê-los para entender por que devemos agir.
10 principais causas das mudanças climáticas
1. Desenvolvimento de Combustíveis Fósseis
Os combustíveis fósseis desempenham um papel significativo nas alterações climáticas. Quando utilizamos combustíveis fósseis como petróleo e gás, gases nocivos com efeito de estufa são libertados na atmosfera da Terra. O processo começa com a extração e desenvolvimento desses combustíveis.
O Conselho de Defesa dos Recursos Naturais afirma que o desenvolvimento de petróleo e gás é uma das principais causas das alterações climáticas. Atividades como perfuração, fraturamento hidráulico, transporte e refino contribuem para as emissões em cada etapa.
Uma preocupação específica é a libertação de metano, um potente gás com efeito de estufa que retém mais calor do que dióxido de carbono na atmosfera. Mesmo quando os poços de petróleo e gás são abandonados, continuam a libertar metano.
Em 2018, mais de 3.2 milhões de poços de petróleo e gás nos Estados Unidos libertaram 281 quilotons de metano.
Esta emissão contínua de gases com efeito de estufa, especialmente metano, intensifica o impacto das alterações climáticas. Destaca a importância de reavaliar a nossa dependência dos combustíveis fósseis e de encontrar fontes de energia alternativas e sustentáveis para mitigar as consequências ambientais.
2. Desmatamento
O desmatamento é uma das principais causas das mudanças climáticas. É quando as pessoas cortam ou desbastam deliberadamente árvores em todo o mundo. As maiores florestas, principalmente na América do Sul, África Central e Sudeste Asiático, são afetadas.
De acordo com um artigo (Efeito do Desmatamento nas Mudanças Climáticas), o corte de árvores emite C02 e isso afeta a variabilidade das mudanças climáticas. As alterações climáticas podem ser mitigadas se preservarmos as florestas do nosso planeta natal.
Quando as árvores são derrubadas, o carbono nelas armazenado é liberado no ar. De acordo com a União de Cientistas Preocupados, o dióxido de carbono (CO2) proveniente do desmatamento das florestas tropicais representa menos de 10% da poluição que causa o aquecimento global.
Para abrandar os impactos das alterações climáticas, é crucial diminuir a desflorestação e salvaguardar as nossas florestas. Tomar medidas para proteger estes ecossistemas vitais faria uma diferença substancial na abordagem às alterações climáticas.
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3. Locais de eliminação de resíduos
Os locais de disposição de resíduos, comumente conhecidos como aterros ou lixões, são locais onde as pessoas jogam fora seus resíduos. Embora estes locais visem reduzir o impacto dos resíduos no ambiente e na saúde humana, contribuem para as alterações climáticas.
O principal problema reside na libertação significativa de gases com efeito de estufa. De acordo com o Centro Ambiental da Universidade de Boulder, os aterros sanitários emitem quantidades substanciais de metano, CO2, vapor de água e outros gases.
Outra preocupação é o uso extensivo de terras para esses locais de descarte. Só nos Estados Unidos, existem cerca de 3,000 aterros sanitários ativos, cobrindo quase 2 milhões de acres de habitat natural. Os aterros excessivos afetam negativamente a todos, com consequências particularmente prejudiciais para as pessoas e os animais que vivem nas proximidades.
4. Gases fluorados
O dióxido de carbono (CO2) e o metano são frequentemente destacados como os principais contribuintes para as alterações climáticas, mas há outra preocupação: os gases fluorados, vulgarmente conhecidos como gases fluorados. Esses gases produzidos pelo homem são utilizados em diversos produtos e processos industriais.
Os equipamentos de refrigeração e ar condicionado, a indústria eletrónica, a farmacêutica e a produção de alumínio são exemplos de onde estes gases podem ser encontrados, segundo a Comissão Europeia.
Embora os gases fluorados representem apenas 3% das emissões de gases com efeito de estufa e não prejudiquem a camada de ozono atmosférica, constituem uma preocupação significativa devido à sua potência. Esses gases são 23,000 vezes mais potentes que o CO2. É crucial reconhecer o impacto dos gases fluorados nas alterações climáticas e considerar medidas para mitigar a sua contribuição.
5. indústria
Em termos simples, “indústria” refere-se à fabricação de coisas como cimento, aço, roupas e muito mais. Quando as máquinas fabricam estes produtos, libertam gases nocivos que contribuem para as alterações climáticas.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) afirma que a indústria é responsável por cerca de 24% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. Isto inclui a queima de combustíveis fósseis para obter energia e as emissões de vários processos de fabrico.
À medida que a população mundial aumenta, a indústria também cresce. É crucial encontrar formas de diminuir as emissões produzidas por este setor. Isso significa adotar práticas mais limpas e sustentáveis no processo de fabricação. Ao fazê-lo, podemos ajudar a proteger o ambiente e a combater as alterações climáticas.
6. Plástico
O plástico é uma das principais causas das alterações climáticas. É criado principalmente a partir de combustíveis fósseis, que são prejudiciais ao meio ambiente. Quase todo o plástico, cerca de 99%, é feito a partir destes combustíveis. Depois de usarmos o plástico, ele geralmente não é reciclado. Apenas uma pequena parte, cerca de 9%, é reciclada em todo o mundo.
A maior parte acaba em aterros sanitários, florestas, oceanos e outros locais da natureza. Quando o plástico se decompõe, ele libera gases de efeito estufa no ar e na água. Isto contribui para a poluição e as alterações climáticas. Portanto, o plástico é um grande problema para o meio ambiente.
7. Transporte
Em 2010, os transportes contribuíram para cerca de 15% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. Isto inclui a poluição causada pela queima de combustíveis fósseis em aviões, carros, navios, trens e caminhões. O gás mais comum emitido é o dióxido de carbono (CO2), principalmente devido ao uso de gasolina e óleo diesel.
Nos Estados Unidos, a maioria das emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes provém de carros e camiões comuns. Os aviões também contribuem significativamente para a poluição e os aviões privados destacam o impacto dos ricos no clima. Um estudo revelou que uma pessoa que voa num avião privado liberta 10 a 20 vezes mais poluição de carbono do que alguém num voo comercial.
Estas conclusões enfatizam o papel substancial que o transporte desempenha nas questões ambientais, com foco na poluição causada pelos modos de viagem comuns e no impacto notável das viagens aéreas privadas nas emissões de carbono.
8. Fertilizantes
Os fertilizantes têm desempenhado um papel crucial no fornecimento de alimentos para a crescente população mundial. Os fertilizantes nitrogenados, em particular, aumentaram significativamente a produção de alimentos, mas há uma desvantagem. A produção de fertilizantes sintéticos é responsável por cerca de 1.4% das emissões anuais de dióxido de carbono (CO2).
Além disso, o uso de fertilizantes contribui para emissões não-CO2. No entanto, é um desafio interromper abruptamente a produção, uma vez que aproximadamente 48% da população mundial depende de alimentos cultivados com fertilizantes sintéticos.
Para resolver esta questão, podemos explorar a utilização de fertilizantes naturais, minimizando os efeitos adversos dos fertilizantes azotados e desenvolvendo alternativas sustentáveis. Estas medidas podem ajudar a diminuir a dependência mundial de fertilizantes sintéticos.
Ao encontrar um equilíbrio entre satisfazer as necessidades alimentares de uma população crescente e mitigar o impacto ambiental dos fertilizantes, podemos trabalhar para um futuro mais sustentável e saudável para o nosso planeta.
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9. Gerando Energia e Calor
Durante mais de 150 anos, o petróleo, o carvão e o gás natural alimentaram o mundo. Esses recursos, conhecidos como combustíveis fósseis, fornecem cerca de 80% da energia utilizada em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o carvão, o petróleo e o gás natural contribuem, cada um, com parcelas significativas para o consumo de energia. Em 2020, o carvão forneceu 19% da energia, enquanto o petróleo e o gás natural representaram, cada um, cerca de um terço.
Apesar da utilização crescente de fontes de energia alternativas, como a energia solar e eólica, a nossa dependência de combustíveis fósseis para eletricidade e calor continua elevada. Isto significa que uma grande parte da energia que utilizamos para abastecer as nossas casas, empresas e indústrias provém da queima destes combustíveis fósseis.
Embora as fontes de energia renováveis ofereçam alternativas mais limpas, ainda não substituíram inteiramente os combustíveis fósseis. À medida que continuamos a explorar e a desenvolver soluções energéticas sustentáveis, a redução da nossa dependência dos combustíveis fósseis será crucial para mitigar o impacto ambiental e garantir um futuro mais sustentável.
10. Consumo excessivo
O consumo excessivo é uma das principais causas das alterações climáticas. Quando fabricamos demasiadas embalagens plásticas, desperdiçamos alimentos e construímos mais carros, isso contribui para o problema. Embora as ações de cada pessoa sejam importantes, nem todos partilham igual responsabilidade pelos impactos das alterações climáticas.
Um estudo de Clima PLOS revela que quase metade do aquecimento dos gases com efeito de estufa nos EUA é causado pelos americanos mais ricos. Isto não se deve apenas ao seu estilo de vida; eles também investem em empresas que produzem combustíveis fósseis.
O consumo excessivo vai além da quantidade de coisas que compramos; também está ligado à busca de riqueza excessiva às custas de outras pessoas e do meio ambiente. Abordar esta questão requer um esforço colectivo para reduzir a nossa pegada ecológica e repensar a nossa busca pelo excesso material.
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